Consumo de "tadala", para disfunção erétil, aumentou entre os jovens, mesmo sem necessidade. Especialistas alertam para a dependência psicológica
Quinta 05/06/25 - 6h33Em 2024, o Brasil registrou a venda de 64 milhões de unidades de tadalafila, medicamento indicado para o tratamento da disfunção erétil, estabelecendo um recorde histórico no país.
Especialistas alertam para o uso crescente por jovens adultos sem prescrição médica, o que pode acarretar riscos à saúde.
A tadalafila, também conhecida popularmente como "tadala", é utilizada por jovens antes de eventos sociais, como festas e encontros, mesmo sem diagnóstico de disfunção erétil.
Essa prática pode levar ao desenvolvimento de uma dependência psicológica, na qual o indivíduo acredita ser incapaz de manter desempenho sexual satisfatório sem o auxílio do medicamento.
Além disso, o uso indiscriminado pode resultar em efeitos adversos, incluindo dores de cabeça, alterações visuais, náuseas e, em casos raros, priapismo (ereção prolongada e dolorosa) .
A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) enfatiza a importância de utilizar medicamentos para disfunção erétil apenas sob orientação médica, especialmente considerando que a principal causa da disfunção em homens jovens é de origem emocional, como a ansiedade.
O uso recreativo desses medicamentos, sem necessidade clínica, pode mascarar problemas e dificultar o diagnóstico e tratamento adequados.
Especialistas recomendaram campanhas de conscientização sobre os riscos do uso não supervisionado de medicamentos para disfunção erétil, além de reforçar a necessidade de consulta médica antes do início de qualquer tratamento.