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montesclaros.com - Ano 26 - quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
 

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Mensagem: Meio milênio sagrado Manoel Hygino Não poderia deixar que passasse em branco um fato histórico. Neste ano, completam-se cinco séculos da morte de D. Leonor de Lancastre, a fundadora das Misericórdias. Ela nasceu em Beja, Portugal, em 2 de maio de 1458, para despedir-se no adeus final em novembro de 1525. Leonor (encontra-se também grafado com i, Lionor) se casou com 14 anos incompletos, como costume nas cortes e teve um único filho, D. Afonso, que morreu em desastre de cavalaria, aos 16 anos, abrindo um profundo vácuo na família real. Embora com muito sofrimento, a jovem mãe venceu a perda irreparável, marcando sua vida com obras e iniciativas intemporais. Descendente da melhor nobreza europeia, pois bisneta de Dom João I, de Portugal, e de Dom Felipe de Lancastre, da Inglaterra, foi rainha por 14 anos, falecendo aos 67 anos, mas transferindo à posteridade a obra solidária, hoje disseminada por quatro continentes. Refiro-me à Irmandade da Confraria de Nossa Senhora da Misericórdia, fundada em 15 de agosto de 1498, numa capela anexa à Sé de Lisboa, empreendimento de que é patrona e inspiradora, cujo objetivo se integrou a sentimento dos homens de bem da comunidade lusitana e das nações que a sucedeu ajudou a construir. Não se permitirá esquecer as tragédias que se abateram em ponderável parte da Europa, nos séculos XI a XV, requerendo o amparo das ordens religiosas, a que se deu alento, nova feição e incomparável labor de solidariedade das Santas Casas. No Brasil, por exemplo, as Santas Casas e entidades filantrópicas disponibilizam aos enfermos carentes mais da metade do número de leitos, inclusive via SUS, fornecidos pelo Estado. Ao perder seu único filho e enviuvar-se, Dona Leonor avocou-se à fundação das confrarias e dos que dependem, em hora de dor. Todo brasileiro, nos grandes centros urbanos e nas pequenas cidades e nas localidades disseminadas pelos mais de oito milhões e 500 mil quilômetros quadrados do território nacional, a assistência imprescindível e permanente, a que cada ser humano tem direito. Neste período da história, em que a Terra mostra evidentes sinais de esgotamento - pelas catástrofes e por inúmeros outros fenômenos mundo afora, e pelas perspectivas que se delineiam para um futuro não tão distante, a presença e atuação dessas beneméritas instituições demonstram a grandeza do projeto de agosto de 1498, adequadas ao tempo de hoje e de exigências sempre avultadas.

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