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Mensagem: Nosso tempo sombrio Manoel Hygino Ingressamos em 2025 como navegadores portugueses ao se largarem das costas do velho continente, no século XV, para enfrentar as turbulências oceânicas em busca de novas terras e riquezas, quem sabe? Camões soube descrever em sua gigantesca obra os sentimentos e pensamentos dos navegadores seus marinheiros na tentativa de conquistas e aventuras a serem vencidas. O mundo se encontra em meio a brumas e dúvidas de múltipla natureza. Márcio Coimbra, CEO da Casa Política e presidente-executivo do Instituto Monitor da Democracia, abre-se em um parágrafo: “Estamos diante de um inédito movimento de abalo das placas tectônicas da estabilidade internacional construídas no pós-guerra. Os níveis de democracia nunca foram tão baixos e governos antidemocráticos nunca foram tão robustos. O risco de mudança no equilíbrio mundial de forças nunca foi tão presente, em grande parte pelo perfil das lideranças que comandam importantes nações e a reorganização gerada pelos recentes conflitos. Todo este contexto se tornou peça central para entender o mundo e seu desenvolvimento geopolítico em tempos recentes”. À frente: “À medida que o ritmo da mudança acelera, o mundo parece se movimentar para uma nova mudança de paradigma. A questão é se isso acontecerá na mesa de negociação ou no campo de batalha”. Luiz Carlos Azedo, periodista conceituado, também se manifesta: ”A situação se complicou com a eleição de Donald Trump, que tomará posse no próximo dia 20 e deve acelerar as mudanças políticas em curso no mundo. Nada será como antes. As declarações do novo presidente anunciam grande distopia: tomar de volta o Canal do Panamá, anexar o Canadá, comprar a Groenlândia, sobretaxar os produtos mexicanos, mudar o nome do Golfo do México para Golfo da América, expulsar os imigrantes latinos, anistiar os invasores do Capitólio, que, sob sua liderança, tentaram impedir a diplomação de Joe Biden”. Martin Moore, em “Democracia Hackeada”, discorre sobre a tecnologia que desestabiliza os governos mundiais e também se expressa: “A desilusão crescente do público com a democracia foi vaticinada e espalhada por um conjunto cada vez maior de críticas intelectuais e convocações à reforma radical. O que estamos testemunhando, escreveu o professor de teoria política Simon Tourney em 2015, é “o fim da política representativa”, na qual as pessoas estão ignorando e subvertendo estruturas e convenções estabelecidas”. Existe, segundo Jason Brennan, cientista político na Universidade de Georgetown, “o renascimento da epistocracia, ou o governo exercido por especialistas políticos. A democracia passa por um momento crítico, um ponto de inflexão, uma crise existencial”.
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